Portefólio realizado durante a Oficina de Formação de Acompanhamento e Monitorização dos PADDE
Excerto:
No processo de reflexão no seio do grupo 3 deparámo-nos com um artigo muito interessante e provocador em torno do qual se centrou a nossa discussão e que gostaríamos de partilhar com os restantes grupos “Digital technology and the futures of education – towards ‘non-stupid’ optimism by Keri Facer and Neil Selwyn April 2021 (https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000377071).
Segundo o autor O que sabemos sobre tecnologia e educação – temas recorrentes dos últimos 40 anos:
i) A tecnologia digital por si só não transforma a educação;
ii) A tecnologia digital não melhora a aprendizagem;
iii) A tecnologia digital não corrige as desigualdades;
iv) A tecnologia digital não alivia o trabalho dos professores;
v) O uso da tecnologia digital resulta frequentemente em vastas consequências que vão para além das questões de “aprendizagem”.
vi) Quaisquer “impactos” são específicos do contexto e ligados a fatores sócio-técnicos,
O autor admite contudo que novos instrumentos podem abrir caminho a diferentes formas de fazer e pensar, trabalhar e aprender. Levando em linha de conta a necessidade de para tal:
– Orientar a utilização da tecnologia na educação para o reconhecimento e a abordagem de questões de equidade, diversidade e superar as desvantagens, bem como o potencial destas ferramentas para produzirem e reproduzirem elas próprias tais desvantagens;
– Apoiar o desenvolvimento de tecnologias que são organizadas em torno do reconhecimento do papel de coletividade, comunidade e convívio tanto como uma característica essencial da educação e como um núcleo componente de fins educativos;
-Encarando os utilizadores finais das tecnologias educacionais não como o estudante isolado, mas como profissional professores e alunos que utilizam estas ferramentas para complementar em vez de substituir as suas outras formas de saber;
– Avaliar precisamente quando e onde a edtech – e os seus custos de material e ambientais – são essenciais para a educação (e onde não) e assegurando o uso de uma pegada ambiental o mais leve possível.
